Astrologia, História, Ocultismo & Ciência Comportamental

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Rota à astrologia detalhada! part 01. Introdução ao Mapa Astral

Introdução:

Neste guia capital detalhado com base no livro "Guia conciso das técnicas básicas de análise e interpretação de um mapa astral" de Martin Freeman, iremos abordar várias questões interligadas ao Mapa de Nascimento e como utilizar a melhor forma para interpretá-lo. Aprender como se pode aplicar um estudo sobre estes fatores indicados na carta natal ao nosso dia a dia como talho de melhor convívio com si mesmo, com nossas atitudes e com as pessoas que fazem parte do nosso cotidiano. Foi me instruído este livro como iniciação aos meus estudos astrológicos em minhas pesquisas iniciativas e, digo que,  até hoje o levo como bagagem nas minhas perquirições e análises em assuntos astrológicos. Espero que o conteúdo posto abaixo possa ser fruto e posse de pessoas interessadas em aprender esse caminho profundo sobre os confins de nossas personalidades e história nos erudindo a astrologia como questão astronômica, psíquica e espiritual. Começando, digo que analisar um horóscopo não é muito difícil. O aprendiz provavelmente usa primeiro uma série de manuais para obter uma interpretação precisa de cada colocação no mapa e, então, à medida que ele ou ela for aprendendo gradualmente os princípios, cada interpretação isolada pode ser dada a partir do conhecimento pessoal. Mas o próximo passo, da análise à síntese, muitas vezes parece enorme, como se um vasto abismo se estendesse pelo caminho. O individuo pode se sentir frustrado e incapaz, e desejar um par de botas-de-sete-léguas para ajudá-lo a vencer o obstáculo. Dessa forma, é imprescindível que qualquer pessoa que comece um estudo aprofundado sobre, tenha paciência e perseverança nos estudos e não julgue qualquer interpretação amadora e sem muito cálculo como algo definitivo. A astrologia poderá ditar caminhos crueis se um despreparo nessas análises forem colocados na mesa. É importante que o astrólogo entenda a realidade do horóscopo ou mapa astral, pois este é o ponto concreto onde começa a interpretação, o alicerce da ponte que vai unir o vão entre a ciência e a astronomia de um lado e as suscetibilidades da compreensão humana de outro. O horóscopo de um indivíduo é apenas um mapa dos céus, formado num determinado momento do tempo — aquele momento no qual a pessoa respirou pela primeira vez e começou sua vida fisiológica independente da mãe. O mapa é desenhado com a Terra no centro, tendo o Sol, a Lua e os planetas situados no céu em relação à Terra. Fica mais fácil compreendermos o que é exatamente um horóscopo — e o lugar que nosso sistema solar ocupa na vastidão do espaço — se primeiro nos imaginarmos sendo uma nave interplanetária ao longe, nos confins do universo. Em termos muito simples, o sistema solar é um fenômeno bidimensional, achatado, assim refletido em nosso horóscopo ou mapa. 
Figura 1. Diagrama  esquematizado do sistema solar (tal como no nascimento do Príncipe Charles.)
Os signos do zodíaco, tais como usados no zodíaco tropical, são apenas doze divisões, cada uma com 30" ao longo daquela órbita ovalada dos planetas em volta da Terra. Eles não correspondem exatamente às constelações do mesmo nome, mas são medidos a partir do Primeiro Ponto de Áries — um ponto astronômico no espaço, usado igualmente por astrônomos, navegadores e astrólogos. Assim, nossa representação do sistema solar na Figura 1 apareceria no horóscopo como a Figura 2 (as posições usadas são as do nascimento do Príncipe Charles).
O sistema solar está em constante movimento. A Lua circunda a Terra a cada 27 dias e 1/3, enquanto a Terra e os outros planetas circundam o Sol em períodos diversos. Assim, no horóscopo, o Sol visto da Terra parece circundar todo o zodíaco num ano — cerca de um mês por signo. A Lua leva dois ou três dias para passar por um signo, enquanto os planetas longínquos, Urano, Netuno e Plutão, podem le-
var entre 7 e 32 anos por signo. Por isso, o horóscopo está em constante mutação assim como os planetas, vistos da Terra, viajam através dos signos às suas diferentes velocidades estabelecidas. Há ainda um segundo movimento no horóscopo, causado pela rotação da Terra. Imagine um dia no começo da primavera.* O Sol é visto, da Terra, no signo de Áries. Na madrugada daquele dia — ama-
nhecer —, o Sol, e aquela parte da roda do zodíaco conhecida como Aries, aparecem por sobre o horizonte oriental. Ao meio-dia, o Sol e Áries estão em algum ponto alto do céu e uma outra parte do zodíaco, provavelmente Câncer, está subindo no horizonte. Ao anoitecer, Áries também se põe no horizonte ocidental e o signo oposto (Libra) estará subindo ao leste. Na madrugada do dia seguinte, o Sol e Áries novamente parecem subir, mas o Sol moveu-se uma pequena distância (cerca de um grau) através do signo. Os outros planetas e a Lua também terão se movimentado distâncias diferentes através do zodíaco. O Ascendente é um aspecto importante do horóscopo, tanto na interpretação quanto por ser o ponto a partir do qual são contadas as doze casas. Mas neste estágio apenas é relevante saber que há sempre dois movimentos acontecendo dentro do horóscopo — os planetas através dos signos e a aparente rotação diária em volta da Terra.
Figura 2. Horóscopo simplificado ou mapa dos céus (como no nascimento do Príncipe Charles)

Abordagens à Interpretação:

Uma vez dominados os cálculos básicos*, geralmente é considerado a profunda interpretação do horóscopo como a característica mais difícil da astrologia.O mapa astral apresenta uma massa de informação — muito ampla, paradoxal, complexa e muitas vezes conflitante. É realmente uma tarefa ousada, tanto analisar quanto sintetizar estes dados, a fim de que a leitura de um caráter possa ser apresentada a uma pessoa de maneira tanto útil quanto compreensível. Mas se o mapa astral deve refletir de forma autêntica a complexidade que possui um ser humano, então a informação que ele dá e sua interpretação têm de ser um processo complicado. Entretanto, podemos abordar o assunto de modo simples e metódico e isto nos ajudará a descobrir um caminho fácil através do labirinto. Estes são os quatro ingredientes básicos do mapa:
  • Os Planetas
Princípios básicos de experiência ou energias de vida. Todos os
planetas aparecem no mapa de cada um de nós, mas se manifestam de
modos diferentes e com forças variáveis.
  • Os Signos
Estilos ou modos de expressão. Estas são as lentes através das quais
as energias planetárias se filtram e brilham, adquirindo sombras e in-
tensidades variáveis. Todos os signos estão em cada mapa, mas com
diferentes graus de importância.

  • As Casas
Campos de atividade ou áreas de experiência. As casas cobrem
tudo aquilo que se relaciona com a vida, mas cada casa adquire níveis
diferentes de importância em mapas diferentes.
  • Os Aspectos
Forças que se unem entre os planetas. Os aspectos criam uma es-
trutura dinâmica dentro do mapa.

Assim, cada unidade de interpretação é apenas uma energia planetária se manifestando através de um signo em particular, enfocando os assuntos da casa na qual está colocada e unindo-se ao resto do mapa
pela posição. Há dez planetas (os astrólogos compreendem que o Sol e a Lua não são planetas no sentido astronômico, mas assim se referem a eles por conveniência) e há doze signos e casas onde eles podem estar coloca dos. Assim, as várias combinações são incontáveis, mesmo antes de serem consideradas as inúmeras possibilidades de posição. Há maneiras alternativas de abordar a interpretação destes dados, e cada pessoa tende a desenvolver uma abordagem que lhe sirva especificamente e usa suas habilidades de uma forma apropriada e satisfatória. É de se advertir no entanto que cada aluno para iniciar-se com um sistema metódico, usando palavras-chave para os ingredientes astrológicos básicos. Alguns tipos de pessoas podem desenvolver facilmente e aperfeiçoar o sistema de palavras-chave, de modo que ele se transforme num.artifício de interpretação eficiente, em sintonia com o que, quase sem dúvida alguma, será sua maneira prática, lógica e organizada de abordar a vida. Essas pessoas se sentirão à vontade com a análise, estrutura e categorização e acharão fácil construir o mapa astrológico tijolo por tijolo, começando com bases amplas sobre as quais colocam a estrutura principal e completando o trabalho com o detalhe e realce apropriados. A análise astrológica por computador tenta fazer isso, mas os tijolos são colocados metodicamente uns em cima dos outros, sem qualquer percepção estética — quaisquer tentativas de unir, associar um aspecto a outro e sintetizar têm uma inevitável esterilidade mecanizada. O método de palavras-chave como abordagem à interpretação precisa ter o toque humano, e um astrólogo, ao utilizar esta abordagem, será sempre capaz de fazer interpretações corretas e diretas. A astrologia é um assunto que não só atinge potencialmente todas as áreas de experiência, mas também tem a capacidade de criar um sistema de união entre elas. Ela lida essencialmente com seres humanos, oferecendo um vislumbre de seu verdadeiro caráter, seus paradoxos e suas possibilidades de vida. A interpretação astrológica sensível e útil é fluida e coordenada. Há muita gente que acha mais fácil olhar a si mesma como sendo feita de compartimentos estanques, mas isto é inconveniente, já que contribui para uma falta de integração dentro de suas psiques e limita seu potencial. O exagerado apego ao sistema de palavras-chave agrava esta tendência.

Quanto maior a autoconsciência de uma pessoa, mais em sintonia ela estará com sua própria realidade e propósito. Isto a equipará melhor para a interpretação com discernimento, para fugir daqueles pontos obscuros que fazem uma pessoa não ver nos outros o que não pode ver em si mesma, evitando a armadilha de introduzir julgamentos de valor pessoal à interpretação do mapa de um outro ser
humano, diferente, particular. As possibilidades latentes no mapa não ocorrem automaticamente: elas têm de ser extraídas e utilizadas completamente, do mesmo modo que uma simples mão de cartas pode ser jogada com diversos graus de sucesso. Porque a mais simples realidade do mapa astral é ser apenas um mapa dos céus num determinado momento do tempo, então sua simbologia pode aplicar-se a qualquer criação que tenha ocorrido naquele momento: um ser humano, uma escrivaninha, um gato siamês, um negócio ou o que quer que seja. Um gato siamês, sem dúvida, tem uma oportunidade maior de manifestar o potencial de seu mapa do que uma escrivaninha, mas tem potencial muito menor do que um ser humano. O negócio terá um potencial dissimulado ou diferente e sua 'consciência' pode se dar em vários níveis. Um pragmático argumentaria, sem dúvida, que a escrivaninha não tem potencial e o negócio não teria consciência; um esotérico sustentaria que tudo vive, mesmo objetos aparentemente 'inanimados'. Mas o ponto importante é que, considerando-se seres humanos, eles estão todos em diversos níveis de consciência e têm, portanto, oportunidades diferentes para realizar o potencial de seus mapas. Não há maneira de se saber qual é esse nível apenas pelo horóscopo, portanto a interpretação tem de ser apresentada com a consciência deste fato aliada à habilidade e à sensibilidade.

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